Como saber o grau da acne?

Saber o grau da acne é essencial para buscar o cuidado ideal e evitar tratamentos agressivos ou ineficazes.

Os graus de acne variam do mais leve (grau 1) até o mais severo (grau 5). Cada um deles apresenta características específicas e exige uma abordagem de tratamento diferente.

Geralmente, o diagnóstico é feito por um(a) dermatologista, que avalia fatores como:

  • Tipo de lesões (cravos, pústulas, nódulos, cistos);
  • Número e localização das lesões;
  • Presença de inflamação;
  • Risco de cicatrizes.

Mas dá pra ter uma ideia do seu grau com base nas descrições abaixo:

Grau 1 – Acne comedogênica (leve)

Caracterizada por cravos abertos (pontos pretos) e fechados (pontos brancos), sem inflamação. É mais comum na adolescência e em peles oleosas. Raramente deixa cicatriz.

Grau 2 – Acne pápulo-pustulosa (moderada)

Além dos cravos, há espinhas inflamadas, com pus, vermelhidão e possível dor. Ainda é considerada leve, mas já demanda atenção e tratamento específico.

Grau 3 – Acne nódulo-cística (moderada a grave)

Presença de nódulos mais profundos e doloridos. O nível da inflamação é bem maior e o risco de cicatrizes também.

Grau 4 – Acne conglobata (grave)

Formação de cistos, nódulos grandes e lesões interligadas sob a pele. É comum deixar marcas profundas e permanentes, exigindo acompanhamento médico intensivo.

Grau 5 – Acne fulminante (muito grave)

É uma forma rara e extremamente inflamada da acne que também pode causar febre, dor muscular e mal-estar. É considerada uma emergência dermatológica.

Saber identificar em qual grau sua acne está é o primeiro passo para cuidar dela com eficiência e responsabilidade. O ideal é sempre buscar apoio profissional, especialmente se as lesões forem persistentes ou dolorosas.

Quais são os tratamentos para cada um dos graus de acne?

Cada grau da acne exige uma estratégia de tratamento, que pode variar desde produtos tópicos de skincare até medicações orais. Veja abaixo as abordagens mais indicadas para cada estágio:

Grau 1 (comedogênico)

  • Sabonetes antiacne com ácido salicílico ou enxofre;
  • Esfoliação química leve (com AHA ou BHA);
  • Séruns com niacinamida, retinol vegetal ou ácido azelaico;
  • Tônicos equilibrantes.

A ideia aqui é desobstruir os poros, controlar a oleosidade e evitar que a acne progrida.

Grau 2 (pápulo-pustulosa)

  • Mesmos ativos do grau 1 + produtos com peróxido de benzoíla;
  • Cremes antibióticos tópicos (como clindamicina);
  • Máscaras de argila verde ou preta.

Esses ativos extras vão ajudar a controlar a inflamação e evitar cicatrizes.

Grau 3 (nódulo-cística)

  • Antibióticos orais (doxiciclina, tetraciclina);
  • Retinoides tópicos ou sistêmicos;
  • Procedimentos como limpeza de pele, peeling químico ou luz pulsada.

Esses tratamentos demandam orientação e prescrição dermatológica. O foco deles é reduzir lesões profundas e prevenir danos à pele.

Grau 4 (conglobata)

  • Isotretinoína oral (Roacutan), sempre sob supervisão médica;
  • Sessões de drenagem médica;
  • Cuidados com a alimentação e hidratação da pele.

Mais intensos e de longo prazo, esses tratamentos são pensados para evitar cicatrizes permanentes e restaurar a saúde cutânea.

Grau 5 (fulminante)

  • Corticoides sistêmicos e antibióticos potentes;
  • Acompanhamento clínico multidisciplinar.

Nesse cenário, o principal objetivo do tratamento é controlar a inflamação para estabilizar a saúde geral e prevenir uma inflamação sistêmica.

Quais são os cuidados com a pele com acne?

Seja qual for o grau da acne, alguns cuidados com a pele são fundamentais para a recuperação e prevenção de novas lesões. Manter uma rotina bem estruturada de skincare faz toda a diferença — inclusive nos graus mais leves.

Confira os principais cuidados:

  • Limpeza adequada, com sabonetes específicos e pH equilibrado;
  • Evitar produtos comedogênicos, como óleos e maquiagens muito pesadas;
  • Usar protetor solar todos os dias, mesmo dentro de casa;
  • Não espremer espinhas ou cravos, pois isso agrava a inflamação;
  • Hidratar a pele, mesmo sendo oleosa (hidratação ≠ oleosidade);
  • Evitar uso de esfoliantes físicos em excesso, que podem irritar a pele sensível.

É importante lembrar que acne não é sinônimo de falta de higiene. Ela pode ter causas hormonais, genéticas e emocionais. Por isso, a abordagem precisa ser sempre baseada em boas informações e acompanhamento dermatológico.

Rotina básica de skincare para pele acneica

Uma boa rotina de skincare não precisa ser complicada. Com alguns passos bem definidos, você já consegue ótimos resultados. Então confira uma sugestão de rotina pra pele com acne de grau 1 a 3:

Manhã

  1. Limpeza com sabonete facial para pele oleosa;
  2. Tônico adstringente (sem álcool, se possível);
  3. Sérum com niacinamida ou ácido azelaico;
  4. Protetor solar oil-free com toque seco.

Noite

  1. Limpeza suave novamente;
  2. Tônico ou água micelar;
  3. Gel ou creme com ácido salicílico, adapaleno ou peróxido de benzoíla (conforme indicação médica);
  4. Hidratante leve, com textura gel-creme ou fluida.

Além disso, você pode complementar a rotina com máscaras de argila 1 a 2 vezes por semana.

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